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ENERGIA EÓLICA: UMA POTÊNCIA SEM LIMITES

Se você vive no Nordeste, sabe que o litoral da região, além de belas praias, muito sol e mar, também conta um adicional inusitado: aerogeradores, os responsáveis pela conversão da energia gerada pela força dos ventos em energia elétrica. Estamos falando da Energia Eólica, um tipo de energia renovável que vem ganhando força no Brasil – especialmente no Nordeste – desbravando não só o litoral, mas também o interior dessa região.


A geração de eletricidade a partir do vento era basicamente inexpressiva no Brasil. Isso começou a mudar em 2002, com o lançamento de um programa de incentivo a fontes de energias renováveis pelo Governo Federal, ganhando força de fato em 2009, quando começaram a ocorrer leilões para a criação de usinas e a contratação do fornecimento desse tipo de energia.


Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), há hoje no país 322 usinas, com capacidade de 8,12 gigawatts de potência, valor que equivale à usina hidrelétrica de Tucuruí (Pará), a segunda maior em operação no Brasil. O crescente interesse por essa fonte tem afetado positivamente o Nordeste, que virou um polo de Energia Eólica: a região responde por 75% da capacidade de produção nacional e 85% da energia efetivamente gerada por essa fonte. Dos cinco maiores produtores nacionais, quatro são estados nordestinos: Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Piauí.



O que faz a região ser tão atraente para esse tipo de atividade é a "qualidade" dos seus ventos, consequência direta de sua localização geográfica contemplada especificamente com os ventos alísios. A velocidade dos ventos é superior à necessária para a geração de energia, além de o vento em si ser unidirecional e estável, sem rajadas. Logo, a energia é produzida o tempo todo.


Nos últimos anos, os aerogeradores ficaram mais altos – o que permite captar ventos mais velozes – e a potência das máquinas triplicou. A maior eficiência dos geradores implica na redução do custo da energia e, assim, na expansão de seu uso. Essa expansão gera emprego e renda para milhares de brasileiros: de fato, em 2014, o setor criou 40 mil postos de trabalho, e há uma estimativa de 50 mil novos postos em 2015, com ótimas expectativas para 2016. A criação de empregos envolve a fabricação, instalação e manutenção de equipamentos, além de impulsionar o comércio local onde os parques e as empresas são construídos.


Antes focados especialmente no litoral, os parques eólicos agora avançam para o interior, onde há ventos ainda melhores. A criação destes parques ocorre muitas vezes em regiões pobres, como terrenos usados por pequenos produtores rurais, criando uma renda extra para as famílias, uma vez que não há impedimento do uso para a agricultura. As duas atividades complementam-se e beneficiam a todos.


Atualmente, a energia elétrica gerada pelos ventos responde por 5,1% da matriz energética nacional. A Abeeólica estima que, em 2020, a fonte venha a representar 13% de toda a produção energética nacional.



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