top of page

Tudo o que você precisa saber sobre créditos de energia solar

Você sabe o que são créditos de energia solar? Você sabia que eles podem te ajudar a economizar ainda mais energia?

Desde 2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica por meio de fontes renováveis. A partir disso, criou-se o sistema de compensação de créditos, que representa o uso do excedente produzido para abater não só os gastos energéticos futuros, mas também os de outras unidades consumidoras pertencentes ao mesmo proprietário por meio do autoconsumo remoto.

Aprenda aqui:

  • Como funciona a compensação de créditos;

  • Como é determinada a compensação de créditos;

  • Se créditos de energia solar possuem validade;

  • O que é autoconsumo remoto;

  • O que é geração compartilhada;

Como funciona a compensação de créditos?

Há dois tipos de geração distribuída, a microgeração e a minigeração. Mas o que diferencia um do outro? Basicamente a potência instalada. Para ser considerado uma microgeração distribuída deve corresponder a uma potência menor ou igual a 75 kW, enquanto para minigeração distribuída deve ser superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW. (ANEEL, Cadernos Temáticos ANEEL Micro e Minigeração Distribuída— Sistema de Compensação de Energia Elétrica 2ª Edição, 2016).

Sabendo disso, o que é o sistema de compensação? Ocorre quando a energia produzida é injetada diretamente na rede e não é totalmente consumida; assim, com o sistema de “créditos de energia”, esse excedente que não foi consumido poderá suprir a unidade consumidora em um período de baixa produção ou um alto consumo não esperado, por exemplo, em dias nublados. Ou seja, pode-se fazer uma analogia de que a rede funciona como uma bateria a qual armazena o excesso produzido para ser consumido posteriormente.

Como é determinada a compensação de créditos?

No sistema de medição convencional, apenas aquilo que você consome é registrado; porém, caso você seja um micro ou minigerador, o medidor convencional é substituído por um medidor bidirecional.

Nessa perspectiva, o que é um medidor bidirecional? É um componente indispensável para os sistemas de energia solar on-grid, ou seja, para aqueles que são ligados a rede da concessionária de energia elétrica. Esse dispositivo fará a medição da energia (em kWh) consumida e adquirida da companhia de energia e a energia injetada pelos sistemas de geração.

Sabendo disso, a distribuidora de energia deve fazer, ao serem cumpridos todos os requisitos da instalação de um sistema solar, a troca do medidor convencional para o bidirecional, por intermédio de solicitação para concessionária.

Por exemplo, se o sistema solar produzir 16 kWh e simultaneamente a residência ou empreendimento consumir 5 kWh, serão injetados na rede 11 kWh, que é a diferença entre o que foi produzido e consumido (16 - 5= 11). Assim, o medidor bidirecional registrará 16 kWh como aquilo que foi produzido e 11 kWh, aquilo que foi injetado na rede.

É importante salientar que energia injetada não deve ser confundida com energia produzida, uma vez que a residência ou empreendimento terá prioridade em receber energia elétrica advinda do sistema solar e seguidamente a disponibilizada pela concessionária. Ou seja, apenas quando o sistema de energia solar não suprir 100% do consumo do imóvel é que a concessionária fornecerá o complemento necessário para atender a demanda da casa.

Créditos de energia possuem validade?

De acordo com a ANEEL, na Resolução Normativa nº 687/2015, a utilização desses créditos pode ocorrer em até 60 meses (5 anos); logo após esse período, os créditos são inutilizáveis.

O que é autoconsumo remoto?

O autoconsumo remoto, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em sua resolução normativa 687/2015, é definido como o conjunto de unidades consumidores de mesmo titular que possua uma usina de micro ou minigeração situada em local diferente de onde há o consumo, ligadas à mesma concessionária de energia.

Diante disso, é possível, por exemplo, gerar energia em uma casa de campo e compensá-la em um apartamento na região urbana contanto que essas residências estejam cadastradas no mesmo CPF ou CNPJ. Além disso, por meio do autoconsumo remoto pode-se fazer um investimento mais inteligente em energia solar, pois existe a facilidade de produzir em um local e consumir em outro. Dessa forma, o consumidor economiza na hora de planejar sua usina solar.

Geração Compartilhada

Diferentemente do autoconsumo remoto, a geração compartilhada envolve diferentes consumidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, que compartilham o mesmo sistema de micro ou minigeração, permitindo assim transferência dos créditos excedentes. Para isso ocorrer é preciso que os envolvidos se associam por intermédio de um consórcio ou cooperativa e que as unidades consumidoras e geradoras estejam na mesma rede de energia.

Dessa maneira, um grupo de pessoas ou empresas as quais não possuem um espaço no local da unidade de consumo para produção podem fazer a instalação de uma usina de micro ou minigeração em um terreno (zona rural ou litorânea) e assim fazer a distribuição para os participantes. Com isso, custos serão diluídos entre os associados, gerando uma rapidez no retorno do investimento.


Posts Recentes
bottom of page